segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Por que "em trânsito"

Repórter do caderno Veículos do jornal Estado de Minas há 11 anos, tive a sorte de começar a falar de trânsito numa época em que o assunto ganhava importância na mídia, com a edição do novo (aliás nem tão novo assim mais…) Código de Trânsito Brasileiro (CTB), em setembro de 1997. Sem saber que acabaria me especializando neste tema, uma de minhas primeiras matérias, no fim daquele ano, ainda como estagiária da Lead Comunicação, foi exatamente sobre as mudanças que o "temido" Código traria.

Eu me lembro perfeitamente da madrugada de 22 para 23 de janeiro de 1998, quando quatro meses depois da publicação da Lei 9.503, que o instituiu, o CTB entraria em vigor. Talvez novamente por um golpe do destino, eu saía de um bar, em Belo Horizonte, depois de comemorar meu aniversário, que seria no dia seguinte, e como jornalista que me tornaria poucos meses depois, comecei a observar as atitudes dos motoristas à minha volta. O respeito – que infelizmente ficou por aqueles tempos – era evidente: ninguém avançando sinal vermelho (em plena madrugada), motoristas dando ré para não parar sobre as faixas de pedestres, entre outras raridades atualmente…

Em julho comecei a trabalhar no Veículos do EM. E, novamente, com o CTB em pauta. Não demorou para os abusos começarem – especialmente pela ânsia arrecadatória de certos órgãos de trânsito – e as simples matérias de serviço começaram a se transformar em reportagens investigativas. Em 2002, a série Indústria das multas me rendeu o quinto lugar no prêmio CNT (Confederação Nacional do Transporte) de jornalismo.

E "meio sem querer querendo" fui tomando gosto pelo assunto. Pesquisando, buscando aprender cada vez mais (e como sempre digo: apurando, apurando e apurando). E acabei me tornando uma espécie de tira-dúvidas dos amigos e colegas de trabalho, além dos leitores do jornal e site Vrum (da mesma empresa em que trabalho). Então parei para pensar: por que não aproveitar esse espaço tão democrático do blog para levar essa troca de ideias para um espaço sem fronteiras? E, assim, surge o "em trânsito". Espero que apreciem. Deem suas sugestões e opiniões, façam críticas. Estamos aí…

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